Sergio Moro constrói caminho contra Estado de Direito, dizem Juristas da USP

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Juristas  criticaram nesta quinta (17) na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em São Paulo, a condução das investigações da Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro e o que afirmam ser a “pavimentação de um caminho para o fim do Estado democrático de Direito” no Brasil.

Centenas de pessoas lotaram o Salão Nobre da faculdade, onde em alguns momentos gritavam “Moro na cadeia” em meio às críticas de advogados contra o juiz federal de Curitiba.

A mídia também foi um dos principais alvos do ato chamado “Manifesto pela Legalidade e pela Democracia”, que criticou a “espetacularização do processo penal promovida pelos meios de comunicação”.

O professor de direito penal da Universidade de São Paulo Sérgio Salomão Schecaira afirmou que Moro deveria “ser preso” pela quebra do sigilo telefônico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o juiz federal faz “uso seletivo”, na mídia, das informações da Lava Jato para reforçar “um golpe que está em curso”.

Para Marcelo Semer, da Associação Juízes para a Democracia, “há um estado policial que está desalojando o Estado democrático de Direito no país”. Ele criticou o que chamou de “novas formas de prisão”, com o uso de prisões preventivas para obter delações premiadas de suspeitos de crimes.

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Em sua fala, o jurista Fábio Konder Comparato também acusou a mídia de estar favorecendo o atual clima contra o Estado democrático de Direito no país, repetindo o que já havia dito na quarta-feira (16) em evento de desagravo ao PT realizado na PUC-SP.

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